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Pra doido ler

sexta-feira, março 31, 2006

Compositora de música brega

Virei compositora! E de música bregaaaaaa! Feita pelo msn, em parceria com Bruno Azevedo, o "Nirvaninha" do menu de blogs aqui ao lado.
Vejam como ficou boa! hehehehe

Deixou a porta da minha casa aberta
E arrombou meu coração
Deixou na pia discreta
Meu amigo violão

Tu vai pagar a despesa
A despesa do ladrão
Deixou minha casa aberta
E arrombou meu coração

Eu botava cama e mesa
E nunca dei despesa a ninguém
Agora tenho certeza:
Você está com outro alguém

Você pensa diferente
Faz questão de me falar
Encosta a porta displicente
E sai sem me avisar

De ti fiz minha droga, meu álcool meu pileque
Triste da minha ressaca
Não és homem
És moleque

quinta-feira, março 30, 2006

Carência

Acabo de comprar um ovo de páscoa para mim mesma. Bis Branco.
Detalhe: em toda a minha vida, e eu já tinha 25 anos na época, eu só consegui comer um ovo de páscoa inteiro, porque ele era um cookies and cream da Hershey´s.
Outro detalhe: sou gulosa, sim, mas chocolate nunca foi meu fraco.
Vá entender!

quarta-feira, março 29, 2006

A lei do mais fraco (e minha paixão por Caco Barcellos)



Assisti agora à noite ao documentário Pixote in Memoriam, de Felipe Briso e Gilberto Topczewski . Valeu a fila, que chegava quase no boteco da esquina da Alameda Jaú. Valeu a garoinha na cabeça enquanto esperava para pegar o ingresso.
O filme narra os bastidores das filmagens do longa histórico de Hector Babenco e, na sequência, a trajetória de Fernando Ramos da Silva, que morreu carregando a cruz do rótulo de Pixote.
Se o filme já é emocionante por si só, a sessão no festival É Tudo Verdade ainda contou com as presenças de integrantes do elenco, na época meninos vivendo a experiência primeira (e para muitos, a única) de ser ator, e da viúva de Fernando, Cida.
Eu chorei, é claro. Fiquei completamente emocionada com todos os depoimentos e, para completar, o ator Jorge Julião, um dos poucos que seguiu a carreira e que no filme fez o Lilica, sentou na minha frente. Nossa! Quando o documentário exibe a cena em que o Lilica canta Força Estranha, nas pedras do Arpoador, eu me arrepiei até a alma. E o cara estava ali na minha frente. E o nome do personagem dele me remete a Henrique, amigo que morreu há 12 anos e que tinha esse apelido por causa do filme (e dos cabelos longos). Foi uma coisa de louco MESMO!!
Fiquei com muita pena da dona Josefa, mãe do Fernando, e mais uma vez tive a prova de que mãe não deveria nunca perder filho. Mesmo acreditando que o filho buscou o destino trágico que teve, aquela mulher simples tem uma certeza, expressada por ela no documentário: essa dor, a dor da perda, ela vai carregar para sempre, até o dia de sua morte.
Tristeza à parte, o filme me trouxe uma conclusão: se eu pudesse, eu casaria hoje mesmo com o Caco Barcellos. Ele nem precisava ser lindo, mas é. E, além disso, aparece defendendo a idéia de que a polícia matou Fernando Ramos da Silva sim e que os exames legistas comprovam que não foi em legítima defesa. Os tiros foram à queima roupa e naquela situação não poderia ter havido tiroteio, de acordo com as provas legais. Para acabar de invadir meu coração (hehehe), o Caco Barcellos fechou com chave de ouro: 15 mil meninos são mortos todos os anos pela polícia. "Mas quem é a polícia para dizer que nenhum daqueles meninos poderia ter um futuro brilhante, como os filhos dos bacanas do Brasil?" Aí foi demais. Tiro no peito. Apaixonei pra sempre.

terça-feira, março 28, 2006

A vida não é filme, você não entendeu


Tentou fazer da própria vida um filmezinho da mostra. Cabeça. Mas o roteiro era muito ruim.
Como disse um amigo, o diretor desse filmezinho, na hora da edição, mandaria arrancar várias cenas, achando que não daria para convencer ninguém, de tanta viagem.
Corta!

Caquinhos

Eu juntei pedaços de mim que estavam caídos no chão
Separei todos eles em um cantinho, depois varri o pó
Mas agora eu não lembro onde os guardei...
(Deve ser porque esses pedacinhos
Não me serviam mais para nada)

Utopia

Hoje eu só queria ficar em casa vendo filmes de Almodóvar, tomando suco de caju (com bastante gelo, claro!) e me embalando na rede da sala.

sexta-feira, março 24, 2006

Passando dos limites




Eu sou uma especialista em estourar cotas diárias, semanais, mensais e quiçá anuais de fotoblogs.
Ah, um aparte: aos que me perguntaram, meu fotoblog mais antigo, aquele chamado A gente, foi deletado. Faço questão de dizer a quem tinha a sua imagem ali que foi contra a minha vontade e sem o meu consentimento.
Voltando às cotas, pois é, a cota de 150 fotos mensais do meu Multiply já foi pro saco nesse animado mês de março.
Com isso, porque não me agüento mesmo, vou postar aqui uma imagens que representam bem a alegria que está sendo esse mês.

Ah, voltei


Agora já era. Voltei pro orkut!
Grunf!

quinta-feira, março 23, 2006

Trash 90's no laboratório

Juro por todos os deuses. Fui a um laboratório hoje de manhã e as revistas da sala de espera eram de 1996. Sim, elas tinham 10 anos!!!!
Como eu teria que esperar mesmo e a onda agora é “retrô”, eu acabei folheando aquelas revistas mesmo. E adorei!! Deu aquela sensação de estar vendo uma enciclopédia, sabem como é que é?
Na primeira, o grande show da semana era um de Caetano e Gal, no Palace. Para quem não mora em São Paulo, o tal lugar ainda existe, só que já teve uns 598 nomes depois de ter sido chamado de Palace. Exageros à parte, trata-se do ex-Palace, ex-Directv Music Hall, ex-CIE Music Hall, atual Citibank Music Hall.
Na capa da segunda revista, Angélica, aos 22 anos, aparecia posando de femme fatale, pra lá de desajeitada (com aquela boca entreaberta básicaaaa, mas que nela não fez efeito nenhum, nenhum!!). Na entrevista, ainda especulando sobre sua virgindade (“prefiro manter o mistério, para que as pessoas fiquem com essa dúvida cruel”, disse a moçoila, hehehehehe), ela falava que o então namorado, César Filho (currículo ruim, hein?), era também “um grande amigo”.
Argh, Angélica não dá, nem no túnel do tempo. À essa altura, eu larguei as revistas. Havia chegado a minha vez de ser atendida.

Dúvida cruel

Ando pensando diariamente em voltar pro orkut... Hummm, será?
Não é medo de nada. É só aquele orgulhozinho besta de não querer voltar atrás mesmo...

terça-feira, março 21, 2006

Viva Odair José!

"Felicidade não existe
O que existe na vida são momentos felizes"
(Odair José, um tradutor da imagem acima)
:)

Ouçam, quando puderem, o Tributo a Odair José. O disco é muito, muito, muito bom!!
Desde a primeira música, eu já estava bem empolgada. Afinal, de cara, o disco começa com Paulo Miklos (sim, eu o amo desde sempre, sempre, sempre!) cantando Vou Tirar Você Desse Lugar. Imperdível.
Eu ouvi aqui! Ouçam! É realmente bom demais!!

Eu não tô nem aí (mas tô aqui!)

E eu agüento as poses dessa menina? Linda, linda, linda da dinda... Saudades sempre, sempre.
Hoje eu estou meio assim, como ela na foto. Com cara de "tô nem aí" e, ao mesmo tempo, feliz que só.
Leve, essa é a palavra. :)

Mania infeliz

Alguém pode me explicar?
Por que todo santo dia eu "desperto" o meu despertador?
Sim, todo dia, 5 ou 10 minutos antes de o despertador do celular tocar, eu acordo. GRUNF!

segunda-feira, março 20, 2006

Daruma


Eu ganhei um Daruma da Renatinha (aliás, ele só serve se for dado de presente). O boneco representa, para a tradição japonesa, a sorte e a realização dos desejos e veio para fortalecer a esperança e a paz nos corações das pessoas. Segundo a lenda, o Monge Budista Dodhidarma permaneceu nove anos meditando diante de uma parede do templo Shorin, até atingir o tão desejado "Estado de Iluminação".
Desta forma, sua imagem ficou relacionada à esperança e à realização de sonhos, devido à sua paciência, perseverança e obstinação.
Quando uma pessoa deseja alcançar um objetivo, pinta um dos olhos do seu Daruma e deixa-o em um local onde ele sempre possa ser visto. Quando o objetivo é alcançado, deve-se pintar o outro olho, em forma de agradecimento.
Eu ainda não pintei o primeiro olho do meu Daruma. É grande a responsabilidade. Ando pensando bastante no que vou pedir para esse talismã especial...

domingo, março 19, 2006

Vaidade feminina


Amanda tem quatro anos. E um esmalte da Xuxa. :)

Lugar de ser feliz não é supermercado?

Sábado de tarde, primeiras compras pós-separação.
Zeca Baleiro que me perdoe, mas, contrariando a sua música, fiquei feliz sim, com duas coisas, em pleno Extra da Brigadeiro:
1) Eu passo reto na gôndola de biscoitos recheados (sim, isso tem efeito no valor total da compra! E como tem!).
2) Eu passo MUITO RETO na gôndola de refrigerantes (sim, isso tem efeito no valor total da compra! E como tem!).

sexta-feira, março 17, 2006

Não deu pra mim

Não sei bem se esqueci de comentar no dia ou se a vergonha foi tão grande, que eu fui deixando passar. :)
Mas queria deixar registrado que terça-feira eu fui a uma aula de danças regionais. E fui um tremendo fracasso! hehehehehe
Valeu a intenção da Renatinha!!! Mas realmente eu e o ritmo, essa coisinha indispensável para dançar troços assim (caboclinho, maracatu, frevo), nunca fomos apresentados um pro outro.
Eu até que estava indo bem no caboclinho, rapaz! No primeiro passo, JURO que arrasei. Tem um embalo que me lembrou o bumba-meu-boi e aí a raiz até que falou mais forte. Mas aí veio o segundo passo e... ah, não vou nem entrar em detalhes, tá?
:)

quarta-feira, março 15, 2006

Frase boa

Acabei de ouvir, no site do filme Hard Candy:

"Nada é seu, quando você leva uma adolescente para sua casa."

O filme conta a história de um homem de 32 anos (hehehehehe) que conhece uma menina de 14 pela internet (hehehehehe) e a leva para casa. Segundo a sinopse, isso terá "consequências surpreendentes" (hehehehe). Alguém duvida? Eu não. Da internet eu tenho até medo (hehehehe).

Sabedoria popular

Ouvi hoje, agorinha, na feira:
- O Palmeiras não é time! Um time que depende do Edmundo, meu... dá licença!

Ah, e por falar na rua, hoje eu vi o primeiro carteiro de short da vida. hehehehe Está um calor insuportável e eu, de calça, fiquei com muita inveja dele.

terça-feira, março 14, 2006

Registro de saudade


Há seis anos eu perdi meu avô Noske, uma das pessoas que mais amei e que mais me amou nessa vida.
O tempo vai amenizando e hoje eu sei que ele está comigo sempre, mesmo que a presença física não seja mais possível.
Mas vale aqui o registro. Há seis anos, meu vovô se foi e aquele 14 de março foi, até hoje, o pior dia da minha vida. Sim, porque todos os outros avós que eu também amava muito já tinham ido embora e era ele o último a ir. A dor era mesmo definitiva.
O tempo acalma a dor e fica a melhor lembrança. Para mim ficou a certeza de que meu avô não era nem de longe um homem perfeito, mas foi um dos maiores amores correspondidos de toda a minha vida. E ele está em mim pra sempre: no coração e na pele.

A Maya sabe tudo?

I look at you and see
Someone I don’t wanna be
And it’s taking me too long to realize
I’m better off alone

All the times that you told me lies
And you know that it happened too many times
And it’s time that I realize
I’m better off alone

** Li em algum lugar que essa música da Maya é o "tema dos solteiros modernos", hehehehe. Sei lá quem deu esse título ou se ele tá valendo mesmo. Só sei que, quando li apenas esse trecho da letra ontem, eu pensei: é, acho que essa mina disse muito. :)

domingo, março 12, 2006

Minha praia


Eu sempre concordei com Ed Motta, que diz que atravessar a Paulista corresponde a um bom mergulho no mar.
A Paulista sempre foi minha praia, desde que cheguei aqui em São Paulo, há pouco mais de sete anos.
A novidade é que ultimamente eu caí de amores pela Augusta. Sempre adorei, é verdade, até porque ela sempre foi a rota final dos meus passeios pela Paulista. Mas de umas semanas para cá, a Augusta me chama o tempo todo. Não pára de me chamar.
Viciei na Rua Augusta. O bom é que ela e a Paulista se cruzam, e aí fica fácil passear pelas duas praias.

sábado, março 11, 2006

Radiografia

O meu pé está sujo
e meu coração, ferido.

sexta-feira, março 10, 2006

Um ET na balada


Eu caí na balada. Com a Anaí, essa amiga fofa da foto aqui do lado. As duas solteiras, alegres, a noite quente... é preciso recomeçar, né?
Mas eu preciso dizer: eu me senti um ET na balada. Parecia que estava faltando alguma coisa do meu lado, uma mão para eu dar, um corpo onde eu deveria me encostar, uma voz para berrar no meu ouvido enquanto a banda tocava.
Eu me diverti muito. Tanto, que já penso na semana que vem. Mas foi estranho.
Eu estranhei tudo, tudinho mesmo. Estranhei as pessoas, o lugar (e eu já tinha ido a esse mesmo lugar mais de uma vez), o fuso horário diferente de quem aproveita sem culpa uma noite de quinta-feira (sim, toda hora eu me lembrava que na sexta de manhã teria que trabalhar!!)... estranhei a minha presença naquele lugar.
Mas foi divertido. Cheguei a uma pequena conclusão: estranhar tudo isso é normal, não? Afinal, quando se namora ou se tem uma pessoa que é companhia para tudo, até que as baladas existem, mas o seu personagem nelas é outro.
Voltei pra casa sem sono, feliz e com a sensação de que é mais um passinho. Não achei ninguém interessante, não fiquei com ninguém, não fui com a intenção de ser "a solteira caçadora" (aliás, sou péssima nessa função). Mas foi divertido.
Por tudo isso, em homenagem à Anaí, vou postar a tradução da música mais linda da balada. Do you realize?, do Flaming Lips. Eu gosto muito dessa banda, eles fizeram o show mais lindo do Claro Que é Rock, mas ainda bem que a música tocou quando a gente estava indo embora. Sim, ela me fez pensar que realmente eu ainda sinto falta de alguém.

Do you realize? (tradução)
Flaming Lips

Você se dá conta de que tem o rosto mais bonito?

Você se dá conta de que estamos flutuando no espaço?
Você se dá conta de que a felicidade te faz chorar?
Você se dá conta de que todo mundo que você conhece morrerá um dia?

E ao invés de ficar dizendo adeus, deixe-os saberem que você se dá conta de que a vida é curta
E que é difícil fazer as coisas boas durarem
Você se dá conta de que o sol não se põe
É só uma ilusão causada pelas voltas do mundo

Você se dá conta
Você se dá conta de que todo o mundo que você conhece morrerá um dia?

E ao invés de ficar dizendo adeus, deixe-os saberem que você se dá conta de que a vida é curta
E que é difícil fazer as coisas boas durarem
Você se dá conta de que o sol não se põe
É só uma ilusão causada pelas voltas do mundo

Você se dá conta de que tem o rosto mais bonito?
Você se dá conta?

quinta-feira, março 09, 2006

Alma nervosa e irritada

O meu horóscopo mensal avisa que em março minha alma encontrará razões para ficar nervosa e irritada.
A dor está explicada pelos astros. E é excesso de energia.

Março de 2006
Sua alma encontrará diversas razões para ficar nervosa e irritada, mas a única verdadeira dentre todas as possíveis é que você anda com excesso de energia, e a melhor maneira de administrar bem essa condição seria você multiplicar as atividades. Encontrar algo interessante em que concentrar o excesso de energia vai diminuir as chances de irritar-se.

Mulheres que amo


Tentei postar desde ontem - o tal Dia da Mulher - mas não consegui de jeito nenhum.
Antes tarde do que nunca.
Eis, em imagens, mulheres que de uma forma ou de outra, cada uma do seu jeito, são fundamentais para mim.
Mãe, irmãs, amigas, elas são mulheres de verdade. As mulheres da minha vida.
Algumas não estão aqui, porque eu não estava com fotos delas na hora da montagem, mas acho que cada mulher que eu amo sabe o quanto é amada. :)

quarta-feira, março 08, 2006

Dia da Mulher (por uma mulher que hoje se sente um rato)

Confesso: hoje eu me sinto um rato. De esgoto, bem sujo e esfomeado. Com medo, mas também pronto para atacar. Agora já foi, eu confessei.
Mas hoje é Dia da Mulher. Aêeeeee.

terça-feira, março 07, 2006

Alívio virtual

Consegui! Consegui! Consegui!
Voltei a conseguir postar fotos no Multiply (
http://fernandacb.multiply.com/photos).
Oba!
Eu sou dodói.
:)

segunda-feira, março 06, 2006

Agonia virtual


Não estou conseguindo postar fotos no Multiply (http://fernandacb.multiply.com/photos).
Isso, é claro, está me deixando praticamente louca.
Alguém pode me ajudar??

Bem bonitinha

Eu li essa frase semana passada, em um cartão, na loja onde entrei para tirar a 3x4 mais feia do mundo:

"Eu não devia te mimar
mas a minha teimosia
mas a lua desses dias
botam a gente pra arriscar."

quinta-feira, março 02, 2006

Canção para ninar as três marias

depois daquele beijo, incesto
daquele que nem teve
porque eu mesma nem tive
coragem de te dar.
antes daquele beijo, a imagem
daquele desejo que nem se sabia
porque eu mesma dormia
esperando ele passar.
antes daquela imagem, o som
daquela cortina que sempre batia
porque até trilha eu tinha
para ninar as três marias.

Uma canção para você

ela pára
e fica ali parada
olha-se para nada
(paraná)
fica parecida
(paraguaia)
pára-raios em dia de sol
para mim
prenda para minha parabólica
princesinha parabólica
o pecado mora ao lado
o paraíso... paira no ar...

pecados no paraíso ...

se a TV estiver fora do ar
quando passarem os melhores momentos da sua vida
pela janela alguém estará
de olho em você
(paranóica)
prenda minha parabólica
princesinha parabólica
paralelas que se cruzam
em Belém do Pará
longe, longe, longe (aqui do lado)
(paradoxo: nada nos separa)

eu paro e fico aqui parado
olho-me para longe
a distância não separabólica

Composição: Clara Gessinger

Pós-carnaval

Chego em casa. Ouço os recados na caixa postal. Quatro. Penso: deve ser muito estranho um telefone tocando em uma casa vazia.