sexta-feira, dezembro 22, 2006
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Uma coisa muito errada
Tem realmente uma coisa muito errada no aumento de 91% para os deputados.
O povo é que deveria decidir se os deputados deveriam ter aumento. E quanto de aumento eles teriam. Não?
Ou é você que determina, sem nem avisar seu chefe, quanto vai ganhar a partir de agora?
Não é o chefe que escolhe se vai dar aumento para o funcionário?
quinta-feira, dezembro 14, 2006
terça-feira, dezembro 12, 2006
terça-feira, dezembro 05, 2006
Sobre seres “especiais” que moram longe das mães
Quem tem mãe morando longe é sim um ser especial. Como a maioria sabe, eu me incluo nessa trupe de seres especiais, portanto. Há quase oito anos, moro longe da minha. Acho isso extremamente esquisito, se paro para pensar no tema. Adoro a vida que conquistei longe do colo da minha “Bubu”, mas, ainda assim, é estranho demais. Porque, quando criança, eu detestava dormir fora de casa. Só porque dormiria longe da minha mãe.
Há alguns dias, minha mãe me deu um pequeno susto. Teve que ser hospitalizada. Já está bem (aliás, parênteses para agradecer aos que se preocuparam e perguntaram por ela. Valeu mesmo). E eu fiquei pensando em como é ruim estar longe em uma hora assim. E em como, exatamente por isso, são especiais e frágeis esses seres que moram longe de suas mães... Seres frágeis e fortes, tudo ao mesmo tempo e nos mesmos corpos.
Domingo, ainda assustada com o que tinha acontecido com a minha mãezinha, vi a entrevista que a atriz Hermila Guedes, do lindo “O céu de Suely”, deu para a Marília Gabriela. Aos 25 anos, apontada como revelação e etc e tal, ela disse que não se imagina saindo de Recife, sua terra natal, e vindo para o Rio ou São Paulo apostar na carreira por um único motivo: a mãe. “Não sei se saberia viver longe dela”, disse a atriz.
Claro que aquilo na mesma hora me fez pensar. “E eu? De onde tirei coragem, aos 23 anos, para morar a 2.970 km da minha?” De certa forma, acho que dela mesma, que foi uma filha que morou a vida inteira longe da mãe dela, minha avó. Não tão longe quanto eu, é verdade, mas, mesmo assim, em outra cidade, longe da “barra da saia” sempre protetora.
Hoje mais uma coisa me fez pensar nesse exílio maternal. Li no blog do querido Daniel Seda:
amor à distância
minha mãe é uma voz no telefone
ela me liga e reza mantras
de sucesso profissional
na minha orelha
E, depois de pensar por horas, por anos, na verdade, não encontro uma razão lógica para eu ter tido essa coragem de cortar o cordão umbilical. O mais resistente, que é o que vai se formando ao longo da vida. Só sei que estou aqui e acho que, apesar da saudade, hoje minha mãe se orgulha do caminho que estou trilhando longe dela.