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Pra doido ler

quarta-feira, julho 04, 2007

Duas primaveras



Nem tinha telefone, mas a amiga passou na sua casa e fez o convite pessoalmente.

- Vamos ao cinema?

Era dia 1º de setembro de 1999 e ela não tinha nada para fazer. Já tinha estudado, continuava sem trabalho, mas tinha uma grana para pagar o filme e o que ia comer depois.

Foi.

Conheceu ele.

O filme era uma bosta.

O bar para onde foram depois, uma merda.

Por que aquela história haveria, então, de ser legal?

E não foi. Foi uma droga.


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Nem tinha telefone, mas a amiga passou na sua casa e fez o convite pessoalmente.

- Vamos ao cinema?

Era dia 1º de setembro de 1999 e ela já tinha marcado de fazer outra coisa, com outras pessoas. Ia ver um filme na Cinemateca, em uma mostra que era de graça. Continuava sem trabalho e estava sem grana.

Não foi.

Não conheceu ele.

Gostou do filme que viu na Cinemateca.

Não teve grana para ir para bar nenhum depois.

Por que a sua história não foi, de fato, essa?

Não foi. E foi uma droga.

1 Comments:

At 12:09 AM, Blogger Aurora Combs said...

Ai Fê...
Vc escreve tão bonito que parece um roteiro de cinema...
E olha que o filme a gente já assistiu...

Beijooooooooo!

 

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