(Não) era uma vez...
Na última vez que ela o viu, ele estava vestido de preto. Era a morte, enfim. Parado na esquina, ele ficou esperando pelo último olhar. E ela deu, mesmo sem querer ser vista. Sabia que era o último. Rápido, mas marcante, como tudo no final.
Na última vez que ela o viu, ela nem chorou. Sentiu vontade de vomitar (o corpo sempre reage a coisas bizarras), um pouco de angústia no peito, mas não chorou.
Na última vez que ela o viu, não falou uma palavra. Não haveria o que falar.
Aí a história acaba. Ou começa. E eles foram infelizes para sempre.
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