Sobre aquele que voa
5 de agosto de 2008. Há dez anos, eu acordei com Faustina batendo na porta do meu quarto, bem cedo. "Sua avó morreu".
Eu já havia passado por aquilo. Seis anos antes. O tempo havia voado, mas a mesma dor estava de volta. Eu havia dado um beijo na testa da minha avó e dito "até amanhã, vovó", mais ou menos doze horas de ela ir embora. E isso tudo completa dez anos hoje.
Ele não pára, ele voa. Essa coisa chamada tempo, que acalma dores, sara feridas, alivia os ânimos. E que está sempre ali, nos lembrando que é preciso viver. Simplesmente porque ele passa. E não volta.
Dez anos depois daquele dia triste, o tempo se materializou lindamente na minha frente, em forma de fotografia. Mostrei a foto para Cassiano, amigo há 19 anos (ah, quanto tempo...!!) e autor da primeira foto aí de cima, e ele, ironicamente, disse: "Todo mundo envelhece".
Amanda e seu pai, que não é mais o menino que eu conheci. Ela não é mais o bebê de pouco mais de 2 quilos por quem eu me apaixonei à primeira vista. Eles não são mais. Por causa do tempo. Eles são muito mais. Por causa do tempo.
Aquele, aquele que voa...
1 Comments:
Fefous... tem lição de casa pra você lá no meu blog...
Saudades
bejitosss da Droca <* *>
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