Crônica do meu amor por ela
Foi na primeira noite, quando, antes de dormir, ela enrolou seus dedinhos nos meus, que eu, aproveitando que a luz já estava apagada, deixei a lágrima que se manifestou caladinha escorrer pelo meu rosto.
Não era um choro exatamente de tristeza, porque, se eu pudesse, o tempo pararia ali. Foi uma lagrimazinha confusa, que escorreu pelo rosto de uma pessoa que, bem quieta, se questionou na sala escura:
- Meu Deus, como eu consigo viver sem ter isso todo santo dia?
Foi na primeira noite, quando eu acariciei seus cabelos loiros e lindos, e ela me abraçou docemente e me desejou boa noite, que eu pensei mais uma vez que não se pode ter tudo na vida. E isso é o que mais dói.
E depois, no dia seguinte, quando acordamos uma do lado da outra, eu olhei no fundo dos olhos dela e disse:
- Você está aqui mesmo?
- Estou, Dinda!!!!
- Tem certeza??
- Tenho!!!!
- Pois eu ainda não acredito.
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