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Pra doido ler

quinta-feira, junho 29, 2006

Nada passa

Assim, do nada, começou a pensar em todos os shows que viram juntos. Foram muitos. Mais do que ela mesma poderia lembrar.
Assim, do nada, pensou nas viagens: poucas, mas boas.
Pensou nos amigos, nos planos, nos lugares da cidade que eram um pouco a cara dos dois.
Pensou nas músicas que conheceu com ele, nas bandas, nos livros, nas sempre empolgadas compras de DVD.
Pensou nos sonhos (eram mesmo só dela), nas noites frias em que ele até aceitava dormir abraçado e nos inúmeros conselhos enviados pelos amigos (pessoalmente, por telefone, por email, de todas as formas possíveis, enfim).
Pensou na dor que agora vivia com ela e pensou também que disseram que um dia tudo passa.
Por fim, pensou que hoje de manhã leu em uma revista, em um artigo sobre separação, a frase mais verdadeira e definitiva sobre o tema: nada, nada passa. E a gente vira um amontoado de histórias frustradas, que não deram certo e que caminham com a gente pela vida inteira. Por corredores repletos de fantasmas.

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