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Pra doido ler

terça-feira, maio 09, 2006

Sobre a angústia de abandonar livros

Uma vez, há muito tempo, eu li que geminianos quase nunca terminam o que começam. Injustiça, eu acho. E nem sou "tão esotérica assim"...
Mas é verdade, pelo menos é uma verdade aplicada a essa geminiana que vos escreve, que eu já tropecei em alguns livros que não consegui terminar. Alguns por um motivo bem óbvio: eu estava detestando a leitura e ela não era aquelas obrigatórias, pelas quais temos que passar na escola ou na faculdade. Um bom exemplo? Verdade tropical, de Caetano Veloso. Que ele me cante mil verdades, mas o livro não deu...
Recentemente, eu abandonei "de fininho" Chatô, o rei do Brasil, de Fernando Morais... Estava gostando, sim, mas sentia muita vontade de ler outro - Ensaios de Amor, de Allan de Button, que devorei rapidinho. E não voltei ao Chatô. Cara de pau.
Logo depois, ou foi antes, eu abandonei Many years from now, de Barry Miles. O livro, pasmem (!!!!), é a biografia de Paul McCartney. Marcado em mim, na pele mesmo, mas cuja biografia, pelo menos até o começo dos anos 60, não me prendeu. Muita coisa, modéstia às favas, eu já sei, e o Barry, amigo próximo de Paul, não escreveu de uma forma que prenda o leitor. Pelo contrário, é um tanto quanto cansativo. E, sei lá, costumo odiar a parte sobre a infância em quase todas as biografias...
Mas falei tudo isso para chegar aqui: no momento, estou querendo abandonar On the road, de Jack Kerouac. Clássico, bíblia dos hippies, tesouro da geração beat. OK. Mas eu não estou aguentando mais!!! Leio, leio e parece que o tal personagem está sempre no mesmo lugar. Como demorei demais a ler o clássico, acho que já estou mais velha, bem mais velha, que o personagem. Ele me cansa.
E fico de olho nos que estão na estante, à minha espera. E por alguns eu coloco a mão no fogo, bato no peito e digo: eu não vou abandoná-los!!!

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