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Pra doido ler

sábado, fevereiro 16, 2008

Uma tarde com o amor que eu sinto


O amor que eu sinto passou a tarde comigo hoje. Saí sozinha e passei boa parte do dia assim. Aliás, sozinha não. Só eu e ele. Porque ele, esse amorzinho que eu sinto, nunca me abandona.

Nunca me abandona.

Mas hoje se fez mais presente. Estava ali quase materializado. Em lugares, sons, cores e cheiros. Quietinho, mas me contando segredos.

... cheiros. Quietinho, mas me contando segredos.

Senti a presença do sentimento, como se ele realmente fosse uma pessoa a me fazer companhia. Quase podia conversar. Alguém aí sabe o que é isso? Isso é absolutamente incrível. Com um esforcinho a mais, eu conseguiria colocar o amor no colo e sair andando pelas ruas, debaixo do sol quente e do céu azul, como se carregasse uma criança.

Como se carregasse uma criança.

Dizem que cresce aquilo que é alimentado. Hoje eu acho que entendi: de fato, não consegui fazer o aborto.


* Na foto, que eu adoro, Gal Costa conta um segredinho para Tom Zé.

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