Por uma vida menos ab[surda]
Como palavras jogadas na tela - e ela nem conseguiu ler tudo, por causa da dor de cabeça - puderam mexer tanto? Revirar tanta coisa?
Precisava acender um incenso.
[E pensou no amigo que dizia não entender como uma pessoa via em incensos uma necessidade básica]
A vida é tão ab[surda]...
Não, ela não fazia parte daquilo. Não, não mesmo. Nem se quisesse. E não queria. Aquele passado era inventado. Era dos outros. Não era seu.
Pediu, praticamente implorou que as paredes repetissem para ela: "Saia AGORA daí. AGORA".
Sentiu-se como uma menina desobediente olhando o que não devia pelo buraco da fechadura.
Sentiu pena, uma espécie de compaixão sem o menor sentido. Sentiu-se agredida por aquele passado que não era seu, e que insistia em se fazer presente. E em ser uma coisa completamente sem futuro.
Saiu correndo. E se jogou na cama. Antes ligou o som bem alto. Ainda com dor de cabeça.
A vida é muito ab[surda]...
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