O filho dele, o filho dela [ou Uma conversa contemporânea]
Ele: Eu quero um filho. Agora. Nove meses é muito tempo.
Ela: Uia!
Ele: E quero também um Chevete amarelo.
Ela: Filho é pra sempre demais. O Chevete não é mais fácil?
Ele: Mas eu quero um filho. Agora. Hoje.
Ela: Calma. E ela também quer?
Ele: Não. E isso é uma bosta.
Ela: Hummmmmm... Ah, espera. Filho é pra sempre demais mesmo. Vai ver ela precisa de um tempo. Hoje em dia, morro de medo. Porque é pra sempre. E já foi a coisa que mais quis no mundo.
Ele: Tatuagem também é pra sempre. E tem gente que faz.
Ela: Mas a tatuagem é só minha. Meu medo do pra sempre é a outra pessoa envolvida. Só passei a acreditar no Renato Russo depois de velha. "O pra sempre sempre acaba". Mas filho não. O pai dele pode virar meu ex, mas ex-pai não existe.
Ele: Existe ex-pai, sim. Existe ex tudo. Eu, por exemplo, sou só um ex-eu!
Ela: Ah, o pai vai ser sempre o pai. Fico agoniada, mas eu vou ter. Um dia, vou ter. Já tem até nome.
Ele: Riba!
Ela: Riba é roots. Maranhão na veia. Mas eu sou bem pouco roots.
Ele: Riba é roots. Riba é mar. Ribamar!
Ela: Coloca Riba no menino e Mar na menina. Mar é uma palavra masculina, mas não tem problema, não.
Ele: Boa!
2 Comments:
kkkk. Muito bom!
Beijinho!
Hahaha, adorei Fefous!
Bejitosss da Drica <**>
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