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Pra doido ler

sábado, outubro 20, 2007

Breves divagações sobre figuras de linguagem

Eu falando quase tudo (e não tudo) = elipse.

Homens confusos = pleonasmo.

Penso e lembro e quero e sinto saudade e de vez em quando até choro = polissíndeto.

Saudade, me conformei em ter = inversão.

O desejo que mora em mim, ele é que preciso enfrentar = anacoluto.

No fundo, eu acho que todas as mulheres fazemos isso = silepse.

Tum, tum, tum. Meu coração não sossega = onomatopéia.

Mas é tudo, tudo, tudo, tudo bem leve = repetição.

Mesmo assim, ontem à noite, a tristeza e a alegria sentaram na minha sala e assistiram juntas ao filme que não conseguimos acabar de ver = antítese.

Quando me dei conta, sorri e mandei a minha dor desta para melhor = eufemismo.

E vi que o que eu queria era você perto, do lado, grudado, dentro = gradação.

Era tudo o que eu mais queria. Se eu pudesse, era tudo... = reticência.

Alguém sussurrou no meu ouvido que o mês vai durar um século = hipérbole.

E que eu não vou sentir a menor falta = ironia.

Já a lua olhou pra mim e disse que ela era a mesma em qualquer lugar = personificação.

O consolo é que essa falta que chega, aliás que mora em mim, já virou minha amiga = retificação.

3 Comments:

At 4:08 AM, Blogger Drica <* *> said...

Fefous... amei este post. OtEmo!

bejitosss da Drica <* *>

 
At 11:40 PM, Blogger Aurora Combs said...

ai Fêeeeeeeeeeeee!
Vc é muito linda e escreve muito fofo!

 
At 6:37 PM, Anonymous Anônimo said...

"Mulher complicada" é que figura de linguagem? Estava pensando em pleonasmo...
Se cuide...

 

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