Drink it, forget it
Chamou ele para conversar e ofereceu um vinho.
- Quer? – disse assim, meio sem graça.
O vinho era barato, é verdade, mas era suave e bom. Um suco de uva meio forte, do jeito que ela gosta.
[Já ele eu nem sei]
- Quero. – respondeu ele, assim meio sem graça.
Ela bebeu calada. E devagar.
[Já ele eu nem sei]
Depois, para quebrar aquele silêncio sepulcral, ela olhou para ele e disse:
- Tô bebendo para esquecer.
E olhou para a taça, como se ela fosse mesmo uma espécie de salvação.
[Já ele eu nem sei]
Só sei que ele decidiu interagir, mesmo que cinicamente.
- Esquecer o quê?
Ela olhou para a taça de novo.
[Já ele eu nem sei]
- Você.
Moral da história: para uma pergunta cínica, nada melhor que uma resposta irônica.
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