Tatuagem (é no braço esquerdo?)
Ignora sua existência. O bom e velho finge que não conhece, sabe como é que é?
Nem finge que morreu. Não. Porque de quem morre a gente tem lembrança e cultiva saudade.
Finge mesmo é que não existe. Nem nunca existiu. Com uma maestria ímpar.
Finge e finge muito bem.
Mas pisa no chiclete que ela cuspiu.
Pega de troco os R$ 2 que ela deixou na banca de jornal da Paulista, quase esquina com a Augusta.
Senta no mesmo banco do ônibus. Linha Butantã-USP.
Atravessa na mesma catraca do metrô. Estação Consolação. Compra o ingresso pro cinema no mesmo guichê (e pega de troco mais R$ 2 que ela usou para pagar a entrada para o mesmo filme, na sessão anterior).
É atendido pelo mesmo garçom, no mesmo boteco da Augusta, meia hora depois.
Mas finge. E finge muito bem.
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