Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Chegou em casa, bateu a porta, viu a caixa. Cheia de coisas e de memórias. Pensou, mais uma vez: pra quê ter isso e guardar isso? As coisas, assim reunidas, parecem objetos de enfeite no altar de um ateu. Todas sem sentido.
Leu algumas dedicatórias e pensou, mais uma vez, que não acreditava mais em nenhuma delas. Não apenas agora. Não acreditava, pelo menos nesse minuto preciso, que nenhuma delas tenha sido verdade algum dia sequer.
Largou tudo ali e saiu. Desejando a todo custo alcançar o tal brilho eterno.
2 Comments:
o brilho eterno é uma fagulha que fica acesa.
não é nada de fantástico, que satisfaça, talvez nem mesmo seja reconfortante.
é uma coisa pequenininha que faz a gente não se perder de todo.
as vezes amnésia pode ser a pura felicidade
:)
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