Agorinha mesmo deu vontade
Minha mãe leu isso e escreveu isso aqui embaixo. Eu estou chorando até agora.
Em 18.08.2007
Conceição Castello Branco (mamãe, a mais linda!)
Hoje, como faço sempre que ligo o computador, entrei no blog de Nanda. Bendito blog que atenua um pouco a saudade com fotos e palavras, embora, eu confesse, às vezes me deixe ficar um pouco preocupada, achando que algo não vai tão bem como deveria.
Entrei no blog e lá estavam lado a lado duas fotos de minha Nanda, (uma feita aos três anos e a outra feita há poucos dias atrás) ilustrando um texto que ela escreveu sobre sentir vontade. Como aquelas fotos me deram uma vontade tão grande de anular as distâncias e colocar no colo ao mesmo tempo, como se fosse possível, aquela menininha e aquela mulher, que alguns anos separam, mas que continuam tão parecidas até fisicamente. Senti vontade de juntá-las numa só para unir a espontaneidade da criança com a consciência da mulher; a despreocupação da menina, com a ousadia corajosa da mulher; os sonhos da criança, com as realizações da mulher. Senti vontade, uma vontade enorme de poder ter uma sem abrir mão da outra, as duas exatamente como estão ali, naquela página do blog.
Agorinha mesmo me deu uma vontade imensa de brincar de boneca com Nandinha, sendo sua cumade como tantas vezes o fui, dando asas à sua imaginação fértil e com ela me realizando como mãe; vontade de lhe dar um banho gostoso, fazer cachinhos nos cabelos, calçar uma melissa, botar um rongo vermelho de bolinhas brancas e sair para passear. Vontade de administrar as suas diferenças com Tati; de vê-la se sentir mãe de Dandan; de carregá-la para cama, quando praticamente desmaiava depois de tanto brincar. Vontade de ouvir aquela risada gostosa que conserva até hoje e de ouvir aquela vozinha rouca e apressada que atropelava o interlocutor na sua ânsia de contar os fatos.
Agorinha mesmo me deu uma vontade imensa de abraçar minha Nanda adulta, conversar com ela sobre mil assuntos, saber se realmente está tudo bem. Vontade de acalmar suas angústias, livrá-la das decepções e vê-la feliz. Vontade de colocá-la no colo, como quando era criança e fazê-la dormir. E depois de vê-la dormindo, agradecer a Deus a ventura de tê-la, e sorrir lembrando das coisas que falou ou fez.
Olhando aquelas duas fotos no blog de Nanda, em fases distintas, mas tão iguais, me deu uma vontade impossível de poder ter ao mesmo tempo aquela menininha tão dependente de mim e aquela mulher de quem eu tanto me orgulho.
Agorinha mesmo, Nanda, me deu uma vontade imensa de dizer que te amo.
1 Comments:
Que lindo, Fê! Até rolou duas lagri(minhas).
Beijinho!
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