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Pra doido ler

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Por uma vida menos ab[surda]


Como palavras jogadas na tela - e ela nem conseguiu ler tudo, por causa da dor de cabeça - puderam mexer tanto? Revirar tanta coisa?

Precisava acender um incenso.

[E pensou no amigo que dizia não entender como uma pessoa via em incensos uma necessidade básica]

A vida é tão ab[surda]...

Não, ela não fazia parte daquilo. Não, não mesmo. Nem se quisesse. E não queria. Aquele passado era inventado. Era dos outros. Não era seu.

Pediu, praticamente implorou que as paredes repetissem para ela: "Saia AGORA daí. AGORA".

Sentiu-se como uma menina desobediente olhando o que não devia pelo buraco da fechadura.

Sentiu pena, uma espécie de compaixão sem o menor sentido. Sentiu-se agredida por aquele passado que não era seu, e que insistia em se fazer presente. E em ser uma coisa completamente sem futuro.

Saiu correndo. E se jogou na cama. Antes ligou o som bem alto. Ainda com dor de cabeça.

A vida é muito ab[surda]...

terça-feira, janeiro 29, 2008

Dica carnavalesca



Se eu fosse ficar em São Paulo, eu ia.
Não sou bairrista, mas é bom demais. Viu? :)

domingo, janeiro 27, 2008

Lirismo na madrugada [uma pequena prova de amor]


Ela: Eu só queria chegar perto dele e dizer o quanto ele é lindo.

Ela: Vai lá e diz!!

Ela: Mas e essa menina?

Ela: Eu xaveco a menina.

Ela: Até parece... (risos)

Ela: Xaveco. Por você eu faço tudo.

terça-feira, janeiro 22, 2008

Post indigesto


Estava com a faca e o queijo na mão.
Mas sempre teve o paladar afeito a comidas que davam indigestão.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

A dois meses


Daqui a dois meses, eu vou ver minha família.
Antes disso, eu vou ver Mr. Zimmerman.
Acho que março, que há oito anos foi o pior mês da minha vida, vai ser um mês legal.
Life goes on... like a rolling stone.

A mão ensangüentada de Verlaine


Rimbaud: Não espere que eu seja fiel a você.

Verlaine: Por que você é tão cruel comigo?

Rimbaud: Porque você precisa.

Verlaine: Não basta saber que te amo mais do que jamais amei alguém... e sempre o amarei?

Rimbaud: Chega dessa lamúria bêbada.

Verlaine: Diga que me ama.

Rimbaud: Pelo amor de Deus!

Verlaine: Por favor. É importante para mim. Diga!

Rimbaud: Sabe o quanto gosto de você... Você me ama?

Verlaine: Amo.

Rimbaud: Então, coloque a mão sobre a mesa.

Verlaine: Como?

Rimbaud: Coloque a mão sobre a mesa. Com a palma para cima.

[E Rimbaud enfia o punhal]

Rimbaud: O que é insuportável é que não há nada insuportável.

[E eu sempre fecho os olhos nessa cena. Amar é realmente muito bom. Mas dói pra caralho. Como a mão de Verlaine, ensangüentada sobre a mesa]

* Diálogo na íntegra, retirado do filme.

Decreto número 1


....................................................deveria ser proibido ver e não poder pegar, chegar perto e não poder colocar na boca, sentir o cheiro e não poder beijar, roçar a pele e não poder arrancar a roupa, abraçar e não poder comer. tudo isso deveria ser proibido. tudo. qualquer esforço maior que nossa condição humana deveria ser banido do mundo. porque fingir que tanto faz causa doenças incuráveis. e eu quero ser sã. porque deveria ser crime inafiançável engolir vontades em noite de lua cheia. e ontem a lua quase explodiu.

sábado, janeiro 19, 2008

Para um amor urgente


Vamos, meu amor, mas vamos rápido, porque aqui ninguém pode ser devagar, não. Vamos passear de mãos dadas no Masp, mas vamos agora, hoje à tarde, antes que ele seja interditado. Vamos tomar banho na Cachoeira do Paraíso, antes que aquilo tudo vire um imenso inferno. Mas vamos amanhã, de manhã bem cedinho, se a gente conseguir acordar, antes que acabe toda a água do mundo. Vamos, meu amor, vamos passear no bosque, enquanto seu lobo não vem. Mas vamos ontem, porque já me disseram, sim, sim, já me disseram que ontem seu lobo não veio. Vamos, meu amor, vamos tomar aquele sorvete ali na esquina, antes que ele derreta. Venha, vamos no cinema ver aquele filme que você me prometeu, antes que ele saia de cartaz. Vamos, meu amor, mas vamos agora, antes que a gente ajude a destruir o mundo todo. Vamos, meu amor, seja meu amado, mas seja anteontem, porque do amanhã...


........................................................................... eu não sei.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Se Deus quiser, um dia eu quero ser índio



Na minha casinha agora tem uma rede.

Eu, que já tô mais caramujo do que nunca, corro sério risco de só sair para colocar o lixo no corredor.

A que fica


Depois que minha mãe comprou mais três edredons de casal para levar no carro, como mais um item da IMENSA bagagem, meu pai falou:

- Será que vai caber no carro?

- Não dá?? - perguntou minha mãe, bem espantada.

Amanda se meteu na conversa e disse:

- Ah, gente, vou ter que ficar em São Paulo! Afinal, pelo visto, alguma coisa vai ter que ficar!

Eu ri muito. E fiquei sonhando...

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Nostalgianamente


Estamos aqui.
Não estamos?

Estamos. Mas aqui não existe.

Saudade não se explica.
Saudade não se explica.
E eu de pouca coisa sei.

Não se explica.
Mas incomoda tanto a sensaçãozinha chata de estar sentindo errado.

Saudade não se explica.
Saudade só complica.