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Pra doido ler

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Crônica do meu amor por ela



Foi na primeira noite, quando, antes de dormir, ela enrolou seus dedinhos nos meus, que eu, aproveitando que a luz já estava apagada, deixei a lágrima que se manifestou caladinha escorrer pelo meu rosto.

Não era um choro exatamente de tristeza, porque, se eu pudesse, o tempo pararia ali. Foi uma lagrimazinha confusa, que escorreu pelo rosto de uma pessoa que, bem quieta, se questionou na sala escura:

- Meu Deus, como eu consigo viver sem ter isso todo santo dia?

Foi na primeira noite, quando eu acariciei seus cabelos loiros e lindos, e ela me abraçou docemente e me desejou boa noite, que eu pensei mais uma vez que não se pode ter tudo na vida. E isso é o que mais dói.

E depois, no dia seguinte, quando acordamos uma do lado da outra, eu olhei no fundo dos olhos dela e disse:

- Você está aqui mesmo?

- Estou, Dinda!!!!

- Tem certeza??

- Tenho!!!!

- Pois eu ainda não acredito.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Projeto Buena Vista 2008 [ou O ano em que fugirei com o velhote cubano]


Ela: Quero convidar você para um programa inusitado e diferente!

Eu: Qual????

Ela: Vou te arrastar comigo pro Buena Vista!!! Topas?

Eu: Onde é? J É pra dançar aquelas dancinhas cubanas?

Ela: Isso, isso, issoooooooooo. Salsa, zouk, essas coisas. Vamos ouvir músicas bacanas e ver gente bonita, oras!

Eu: Eita, mas onde é? E sou péssima para dançar isso. hahahahaha

Ela: A lenda diz que é no Itaim. E tem aulinhas antes de começar a balada. Vamos, vai ser divertidíssimo!

Eu: Hahahahahaha. Jura?

Ela: Pelo menos, a gente vai rir MUUUUUUUITO, nem que seja da gente mesmo. hahahaha

Eu: E não dá só velhote? hahahahahaha

Ela: Não, não! Gente como a gente. Bonita e da nossa idade! J

Eu: Ó! Tô precisando esquecer umas coisas mesmo. Vou lá arranjar um velhote cubano. hahahahahaha

Ela: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. Velhote cubano eu não sei. Mas se a Maria Fernanda Cândido freqüentava o lugar antes de casar, deve ter muita coisa boa lá!

Eu: É mesmo... mas playboy eu não gosto, não. Eu sou louca por um “perrapado”. hahahaha

Ela: Hahahahahahahahaha. Né playboy não.

Eu: O Itaim me mete um pouco de medo.

Ela: Vamos lá. Conforme for, a gente se manda para uma sinuca. J

Eu: Tá. Hahahahahaha

Ela: Se você olhar meus vídeos do Orkut, o primeiro da lista, você vai entender por que eu quero ir num lugar desse... hahahahahaha

Eu: Vou ver, hahahahaha

Ela: Daí você imagina esses cantores... esquece tudo. Até do velhote cubano. Ou então dança com o velhote, mas olhando pro palco, hahahahahaha Só que daí pode causar um acidente!

Eu: Meta 2008 – viajar muito e ser feliz ao lado do velhote cubano.

Ela: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA Começando por Cuba!!

Eu: J

Ela: Mas agora fiquei com uma dúvida. O velhote cubano... é o FIDEL???

Eu: Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao. Aquilo não presta mais pra nada. Hahahahahaha

Ela: UFA! A gente faz assim: você viaja com o velhote cubano e eu vou com os músicos.

Eu: Ai, menina, pode ir. Eu ando querendo que músicos sumam da minha vida. Minha vida toda tentei fugir desse povo.

Ela: Por isso que você vai embora com o velhote. E eu fico com os músicos, oras. Embora eu também tenha minha sina musical...

Eu: Acho que prestam para ser amigos.

Ela: Pra amigos são ótimos!

Eu: São alegres, divertidos, tocam violão pra gente... Mas essa idéia romântica de que vai me tocar como toca o violão, e vai me levar às alturas, eu já decidi que tô fora. J

Ela: Vixe... me too!

Eu: Levam a gente às alturas, sim. Mas, geralmente, quem sobe muito leva um tombo maior.

Ela: COM CERTEZA!!!

Enquanto isso na Espanha [ou Papá Noel castiga]


*Fê diz: Rabu lindo!

*Fê diz: Feliz natal atrasado e feliz 2008

*Fê diz: Como está o albergue do Rabu?

carlos diz: Pra você também

carlos diz: Bomba o albergue

carlos diz: Tenho vontade de dopar as crianças

carlos diz: Mas aí Papá Noel castiga

*Fê diz: hahahahahahaha

carlos diz: :)

*Fê diz: São quantas? hahahaha

carlos diz: Duas

carlos diz: João Lennon e Ingá Maria

*Fê diz: Tenho musiquinhas para mandar para Rabu de presente

carlos diz: dále

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Vou te levar


(Lobão/Bernardo Vilhena)

Pensar em tudo que se passou,
Que se pôde sonhar e não realizou
A vida tentando escapar,
Mas não por agora

Ao mesmo tempo tanta coisa se amou,
Se refez, se perdeu, se conquistou,
Retratos estampados do nosso amor,
Em preto e branco, pregados na parede,

Revelando pra sempre a gente,
Nosso orgulho um do outro,
Olhando pra lente como quem dissesse
"não queremos mais nada nesse mundo"

E que me lembrasse a cada instante
Que valeu a pena cada lance,
E que valerá, tenha certeza, pra toda a vida

Vou levar, vou te levar,
Pra onde for, vou te levar
Vou levar, vou te levar,
Pra onde for, vou te levar


Pensar em tudo que se passou,
Que se pôde sonhar e não realizou
A vida tentando escapar,
Mas não por agora

Ao mesmo tempo tanta coisa se amou,
Se refez, se perdeu, se conquistou,
Retratos estampados do nosso amor,
Em preto e branco, pregados na parede,

Revelando pra sempre a gente,
Nosso orgulho um do outro,
Olhando pra lente como quem dissesse
"não queremos mais nada nesse mundo"

E que me lembrasse a cada instante
Que valeu a pena cada lance,
E que valerá, tenha certeza, pra toda a vida

Vou levar, vou te levar,
Pra onde for, vou te levar
Vou levar, vou te levar,
Pra onde for, vou te levar

domingo, dezembro 23, 2007

Feliz natal

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Dias pré-vermelhos [ou Um momento Twitter]

Titia Rita Lee já dizia que "mulher é bicho esquisito, todo mês sangra". Mas alguém sabe me dizer se TPM leva à loucura? E até outro dia a iludida aqui achava que nem tinha isso...

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Pra viagem


Acordei feliz. Dancei sozinha no meio da sala. Comecei a contar quantas horas faltavam para a chegada das pessoas queridas.

Acordei Mrs. Dalloway e decidi ir eu mesma comprar as flores para enfeitar minha casa. Dancei ao som de músicas que eu adoro. Cantei junto.

Acordei leve só porque é sexta-feira. Deixei o dia fluir. Pensei em fazer um almoço gostoso, mesmo que só pra mim.

Acordei rindo das minhas próprias idéias malucas.

Parei tudo. Liguei para um número estranho com muita fé. Certa de que ia dar certo. E deu.

Pedi suco, pão de queijo e ele, tudo embrulhado pra viagem.

- Fritas acompanha?

- Não, obrigada. Mas... vai demorar muito?

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Uma carta de amor sobre medos


[não, meu amor, não tenho medo]

eu tenho medo de poucas coisas. uma delas é assombração. mas tenho medo apenas das assombrações vivas. daqueles fantasmas que rondam sonhos e que se manifestam quando estão às vésperas de serem enterrados. enterrados mais uma vez. daqueles espectros malditos que vagam ao redor de cabeças fracas. fracas assim como as nossas.

[não, meu amor, não tenho medo]

eu temo pouquíssimas coisas. e penso pouco nelas, para falar bem a verdade. mas eu temo sonhar com crianças que nunca vi. porque elas não escutam quando grito, implorando que fiquem onde estão. que fiquem lá porque eu não as conheço e não sou quem elas pensam que eu sou. elas simplesmente não escutam.

[sim, meu amor, tenho um pouco de medo]

tenho um medo, mas ele é bem pequeno, de te ver se perder por aí. e eu sem poder fazer nada. tenho um medo, mas ele é quase insignificante, de ficar parada, com os pés na areia, sem nada falar e quase sem nada sentir. sem ânimo nem para pedir socorro. apenas ali. a ver navios.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Os presentes


Não há forma fácil de escolher presente quando o que você quer dar não tem preço.
Não há como dar algo que nem é mais seu.
Que nunca foi, aliás.
É quase como fazer o óbvio.
Fazer o que já foi feito.
Eu não sei escolher presentes muito bem.
E estrago todas as minhas tentativas de fazer uma linda surpresa.

Os presentes

Kléber Albuquerque


Que presentes te daria?
Uma estrela vã do firmamento
Pra iluminar o vão do pensamento

Uma tevê na garantia
Árvores plantadas no cimento
E meu perfume na rosa-dos-ventos

Um novo ritmo da Bahia
Cartas de amor com frente e verso
E meu percurso nesse universo

Nas horas sem fim
Em que a dor não tem mais cabimento
É no teu prumo que eu me oriento

Catedrais de alvenaria
Senhas pra não mais perder a vez
Casa, comida e um milhão por mês

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Eleitora quase suicida [ou Pesquisa de intenção de voto: chegou a minha vez]

Eu nunca havia respondido a uma pesquisa de intenção de voto. Achava que elas nem existiam. :)

Daí ontem um cara me abordou na Augusta, em frente ao Unibanco, e fez umas perguntas sobre a eleição para prefeito, ano que vem.

Eu acho que estreei bem. :)

- E se você tivesse que escolher entre Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab?

- Ham?

- Alckmin ou Kassab?

- Meu amigo, eu me matava.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Ah, pelo menos, eu arranquei umas risadas do moço do instituto de pesquisa, que, em pleno sábado à tarde, estava nessa função ingrata.

domingo, dezembro 09, 2007

O fim do mundo

..............................................porque no final, bem lá no final mesmo, só restaremos nós dois. eu vou apagar a luz. você vai fechar a porta depois. eu vou deitar, calada e vulnerável. você vai deitar, quieto e adorável. teremos consciência de que o mundo inteiro terá se acabado. mas não saberemos o que dizer um para o outro, deitados e sozinhos, assim lado a lado.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Histórias coloridas sobre um sonho em PB


Não quero drama
Não quero lama
Só quero a leveza
que mora na paz
Não fique acuado
Não se faça de coitado
e nem atire em mim por trás

Não quero briga
Não quero intriga
Só quero a beleza
que habita o seu sorriso
Não seja capacho
Você em cima, eu embaixo
e está formado o paraíso

Não quero choro
Não quero agouro
Só quero a bela certeza
de que entre nós não há bandido
Desse filme seja o mocinho
Acenda o cigarro e me traga um vinho
E, se sonhar em PB, vê se me conta colorido

Sentimentos inabaláveis em um mundo de relações descartáveis


Eu vou regar meus sentimentos inabaláveis
para que eles sobrevivam fortes
nesse mundo de relações descartáveis

Eu vou cultivar sem medo do apego
e um dia rirei do louco que disse
que isso ia acabar com o meu sossego

Eu vou ignorar esse mundo de plástico e descartável
e vou mostrar para quem quiser ver
que o sentimento é reciclável

Eu não quero e não vou jogar nada fora
porque muito mais valioso que projetar o futuro que nunca vem
é viver o que está aqui e se chama agora

Eu vou seguir adiante com muita paciência
porque sei que não quero esse mundo
onde tudo o que mais sobra é ausência

Eu vou regar meus sentimentos inabaláveis
e eles vão florescer mais vivos do que nunca
no mundo imundo de relações descartáveis

And so it is [Just like you said it would be]


Na TV, um diálogo dentro de um filme que, de certa forma, mora dentro dela.

- Eu não te amo mais.

- Desde quando?

- Agora. Desde agora.

Na cabeça, um diálogo que nunca aconteceu e que, talvez por isso, dorme dentro dela.

- Eu te amo.

- Desde quando?

- Sempre. Desde sempre.

Receita carismática de um bolo de você


Pensei em fazer um bolo de você.

Misturaria tudo com farinha de trigo, untaria a fôrma, bateria bem pouquinho e deixaria assando por meia hora.

Bem no lugar da cereja, eu colocaria todo esse seu carisma.

E depois eu comeria tudinho.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Jornalista de short ou pijama [Um balanço da primeira semana]



Há uma semana eu comecei a trabalhar em casa. Em dez anos de carreira, eu nunca havia sequer pensado em fazer de um cantinho da minha casa a "firma". O fato é que é apenas o começo, mas eu estou adorando.

Lá vai o balanço do comecinho desta nova experiência.

Pontos positivos:

* Eu tenho que estar online por volta das 10h, para que a minha editora me passe as pautas. Da minha cama para o computador, eu dou uns cinco ou seis passos. Se eu estiver com muito sono, eu posso acordar 9h55 e estarei no "trabalho" no horário. Entre uma coisa e outra, eu acordo de fato, escovo os dentes, como e etc.

* Eu não pego mais trânsito.

* Eu ouço música o dia todo (e sem precisar de fone).

* Eu trabalho de short, camiseta furada ou pijama. Tudo depende do dia, da preguiça e/ou do estado de espírito.

* Eu tenho comido em casa e posso fazer minha comida, entre um texto e outro. Tem dado certo.

* Eu trabalho sentindo o cheiro maravilhoso dos meus incensos.

* Acabo as matérias do dia e o chuveiro está a quatro passos de mim. Tomo banho 5 minutos depois que "saí do trabalho".

* Eu estou, entre uma pauta e outra, postando isso. Sempre fiz isso, é verdade, mas agora ninguém vai ver que estou no blog no meio do "expediente". hahahahahaha

Pontos menos positivos:

* Tô gastando incenso demais!!!!!!

* Tô usando mais o telefone e/ou créditos do Skype.

* Se eu estiver indisposta ou doente, nem posso dizer "hoje vou ficar em casa", hahahahahaha.

sábado, dezembro 01, 2007

Pessoas até muito mais vão lhe amar*


Mas nunca igual.

É esse o mistério mais lindo que habita o interior de cada sentimento.

Único, uno, exclusivo.

Apenas o que se sente.

Apenas uma força estranha que leva quem abre mão dela a abrir mão de um mundo.

De um imenso e singular universo particular.



* Citação a "Esotérico", de Gilberto Gil.