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Pra doido ler

quinta-feira, agosto 31, 2006

Cabresto

Sabe o que me deixa passada?
Estarmos em 2006 e ter político que aproveita o horário eleitoral gratuito para dizer:
“Eu peço seu voto e o da sua família...”
Ham?

quarta-feira, agosto 30, 2006

Drink it, forget it

Chamou ele para conversar e ofereceu um vinho.
- Quer? – disse assim, meio sem graça.
O vinho era barato, é verdade, mas era suave e bom. Um suco de uva meio forte, do jeito que ela gosta.
[Já ele eu nem sei]
- Quero. – respondeu ele, assim meio sem graça.
Ela bebeu calada. E devagar.
[Já ele eu nem sei]
Depois, para quebrar aquele silêncio sepulcral, ela olhou para ele e disse:
- Tô bebendo para esquecer.
E olhou para a taça, como se ela fosse mesmo uma espécie de salvação.
[Já ele eu nem sei]
Só sei que ele decidiu interagir, mesmo que cinicamente.
- Esquecer o quê?
Ela olhou para a taça de novo.
[Já ele eu nem sei]
- Você.
Moral da história: para uma pergunta cínica, nada melhor que uma resposta irônica.

Humor líquido e límpido

Hoje eu me toquei que fazia tempo que eu não chorava.
Por nada nem por ninguém.
Nem pelas crianças mortas no Líbano e muito menos por um filme triste.
Hoje eu me toquei que fazia tempo que eu não chorava. E chorei.

terça-feira, agosto 29, 2006

Encontro de chuvas


Sentada à beira da estrada, olhou para um lado, olhou para o outro.
Era seca para tudo que é lado que olhasse.
Porque os dois lados estão secos agora. Secura absoluta.
Pensou em antes, em como tudo era perfeito e regado.
“Se era perfeito antes, quando às vezes chovia ali e não chovia cá, imagina agora, com tudo seco, se, de repente, chovesse dos dois lados... É, ia ser a verdadeira perfeição!”
Levantou e começou a andar. Sem olhar para trás.

domingo, agosto 27, 2006

Number nine (ou A confissão)

Eu confesso. Já tentei. Uma ou duas vezes. Quantidade bem razoável, se levarmos em conta um período de mais de trinta dias brigando constantemente contra quase 7 anos.
Mas as minhas duas tentativas foram extremamente fracassadas (dependendo do ponto de vista, claro, podem ser consideradas vitórias).
Nas duas vezes, eu confesso, não passei do número nove. Foi o nove, uma onda de medo giganteca tomando conta de mim de imeadiato e... tun, tun, tun. Desliguei.

Number 9, number 9, number 9...
Number 9, number 9, number 9...
Number 9, number 9, number 9...
Number 9, number 9, number 9...
Number 9, number 9, number 9...

Alegria, alegria

28/04
IberiaIB 6824 E
Guarulhos Int'l (GRU), São Paulo, SP, Brasil
16:20
Barajas (MAD), Madrid, Espanha
06:15 + 1 dia(s)
Duração do vôo: 8h55
Econômica restrita

30/05
IberiaIB 6825 E
Barajas (MAD), Madrid, Espanha
00:30
Guarulhos Int'l (GRU), São Paulo, SP, Brasil
07:05
Duração do vôo: 11h35
Econômica restrita

Tarifa /Taxa /Reais (Brasil)


2089.16
+
267.24
x
1 Adulto
=
2356.40
Tarifa total
=
2356.40

Eu (quase) prometo

Eu vou me esforçar para não ficar postando aqui todas as cartas do Tarot Personare. Mas é que a de hoje me impressionou muito. Tanto quanto a que postei antes. Ou até mais, já que se trata da segunda vez que esse tarot virtual me dá a resposta mais sensata, diante da minha pergunta (é preciso mentalizar uma pergunta antes de "tirar" a carta) completamente insensata.
Lá vai:

Carta do dia: A Sacerdotiza
Reflexão e ponderação: o melhor caminho

A Sacerdotisa, Arcano II do Tarot, emerge como carta de aconselhamento para este momento de sua vida, Fernanda. A recomendação aqui é simples, direta e clara: quietude, contemplação, espera. A planta não brota mais rápido por conta do nosso bel prazer, e sim por conta de suas reais e naturais necessidades. Não tente precipitar o que demanda tempo, saiba esperar o tempo certo. Procure se voltar para dentro de si e buscar em seu próprio interior as respostas de que tanto necessita. Forçar os acontecimentos externos agora pode ser frustrante, pois o momento envolve a necessidade de introspecção reflexiva.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Fosca


Tatuagem (é no braço esquerdo?)

Ignora sua existência. O bom e velho finge que não conhece, sabe como é que é?
Nem finge que morreu. Não. Porque de quem morre a gente tem lembrança e cultiva saudade.
Finge mesmo é que não existe. Nem nunca existiu. Com uma maestria ímpar.
Finge e finge muito bem.

Mas pisa no chiclete que ela cuspiu.
Pega de troco os R$ 2 que ela deixou na banca de jornal da Paulista, quase esquina com a Augusta.
Senta no mesmo banco do ônibus. Linha Butantã-USP.
Atravessa na mesma catraca do metrô. Estação Consolação. Compra o ingresso pro cinema no mesmo guichê (e pega de troco mais R$ 2 que ela usou para pagar a entrada para o mesmo filme, na sessão anterior).
É atendido pelo mesmo garçom, no mesmo boteco da Augusta, meia hora depois.

Mas finge. E finge muito bem.

Jornalistas dizem o que querem...

Jornalistas da minha terra, alguns amigos bem queridos, estão soltando o verbo aqui:
http://www.querdizer.com.br/index.php

quinta-feira, agosto 24, 2006

Lição de astronomia

O meu amor é plutônico:

Plutão não é mais um planeta
Você não é mais você.

Augusta



Tentou se perder, mas se encontrou na Augusta. Queria esquecer tudo. Tudo que vivera até ali, mas acabou na Augusta. Ninguém acaba assim em vão. E, na verdade, quem acaba por ali, ali começa.
Lugar ideal para começar outra história, descendo a rua vadia e mundana. Vadia e mundana a rua. Vadia e mundana ela.
Se a Paulista é sua praia, ela pensava – “sempre fora!” -, a Augusta é como se fosse o seu rio. Rio cujo leito vai desembocar no centro e que, como todo leito, desloca a água e os sedimentos. Excrementos de gente e de coisas. Um rio cheio de piranhas, e de criaturas da noite e do dia.
Alguém seria capaz de mensurar o prazer que a ela dá o simples ato de descer aquela rua? Ou subir alguns pequeninos trechos, no sentido bairro-centro, sempre, sempre, sempre nesse sentido? O melhor, sempre o melhor, porque é única a sensação de estar deixando para trás o luxo e indo loucamente em direção ao lixo.
Pedaço de uma cidade cheia de pedaços – “pedaços exilados de mim?”, ela pensava – essa rua tem cheiro e gosto diferentes. Em cada boteco de cada esquina, ali é como estar livre e leve. É como esperar tudo e nada esperar. Uma rua que urge, assim como a vida.
Se alguém já subiu essa rua a 120 por hora, ela só quer subir no seu passo acelerado, mas sempre e sempre a pé. Porque é assim, caminhando e fazendo de cada canto o seu caminho, que ela sente que a Augusta a pertence cada vez mais. Se entre a Augusta e a Angélica, encontrou-se a Consolação, é nela, nessa Augusta mesmo, começo e fim de tudo, que ela encontra alento. Nenhuma resposta, mas muito alento. Se não muito sempre, um pouco a cada vez que nessa rua ela pisa.

terça-feira, agosto 22, 2006

Disse pouco, mas sempre diz tudo

"De minha parte desisto, não quero ter razão, quero ser feliz."

(Ferreira Gullar)

25 anos sem ele, 67 anos com ele


Glauber ficou 42 anos no mundo. E está há exatamente 25 fora dele.
É muito tempo de ausência física.
Mas tudo, simplesmente tudo, prova que, na verdade, um homem como Glauber não morre nunca.

Tarot. Carta do dia: 2 de Espadas


Momento de espera

Existem momentos em que não agir é a melhor ação, Fernanda, e este é um deles. O 2 de Espadas exalta o valor da discrição e da imobilidade como formas de evitar conflitos, sabendo esperar o tempo certo para atuar. Qualquer espécie de confronto, neste momento, seria pura precipitação, e você poderia terminar ouvindo coisas duras, ou mesmo dizendo palavras de grande agressividade. Ainda que você se irrite com a perspectiva de não agir quando diante do que lhe parece incorreto, você entenderá que tudo – tudo! – tem seu momento certo. Procure investigar, no que tange às coisas que lhe incomodam, qual a origem delas, e não caia na tentação de apenas se fazer de vítima.

O Personare (http://www.personare.com.br/) sempre me impressiona. Agora, com a tal carta do tarot, eu ando até com medo da precisão da coisa!

Obediência

É como se a angústia fosse, na verdade, uma espécie de obediência.
Tudo bem, ela anda angustiada até o talo, tá? Mas olha que obediente que ela é!
Ela finge bem, se comporta, não fala nada, fica quietinha em um canto e segue todos os 439.985.421 conselhos que recebe semanalmente.
Boa menina, boa menina!
A angústia não pára de crescer, a saudade chega a doer, mas olha que obediente!
Como finge bem essa garota! Ela odeia, odeia pra sempre, não é essa a melhor "verdade" para todos? Odeia, acho que odeia. O ódio chega a ser mortal.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Contrasenso

Não é impressionante
Usar um guindaste para esmagar uma mosca?

(Flaming Lips, em Waitin' for a superman)

domingo, agosto 20, 2006

O dia é só dela


Uma homenagem à minha Amélie Poulain, que hoje completa 31 anos. Uma mulher de 31, que nem eu.

Carola, eu sou muito, mas muito, mas muito, mas muito mais a gente!!! Amo, amo, amo você!!!

Não tem preço!

Aos 31 anos, antes de entrar na balada, ser abordada por um segurança querendo o seu RG (porque na balada só entram maiores de 18 anos):

ISSO NÃO TEM PREÇO!

:)

sexta-feira, agosto 18, 2006

Pop art

(Singalong) junk


Motor cars, handle bars
Bicycles for two
Broken hearted jubilee

Parachutes, army boots
Sleeping bags for two
Sentimental jamboree

Buy buy
Says the sign in the shop window
Why why
Says the junk in the yard

Candlesticks, building bricks
Some old and new
Memories for you and me

Buy buy
Says the sign in the shop window
Why why says the junk in the yard

(Paul McCartney)


** No dia em que essa música tocar, será inverno. E estará frio. Talvez chovendo.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Nonsense

meu amor
tá pertim

tá sim
tô me massacrando tentando ser a inimiga número 1
isso dá muita inquietação
minha pressão baixou
porra
viu
mas fingiu que não
talvez tenha de falar, não?
pensei em só olhar... sei lá
eu acho válido
eu acho que tu tem de por teu querer em primeiro plano
mas meu querer não é nada racional
é almodóvar total
se joga no almodóvar
o amor é um rock e a personalidade dele é um pagode
acho que vou escrever isso no meu blog
total
tom zé é um sábio
escute esse disco todinho
vou escutar
no fundo, eu odeio um pouco também
mágoa
normal. impossível não ter...
eternamente offline
se tá sem coragem é até bom
e isso me angustia que só
coward

Macaroni, para sempre macaroni

Pra doido ler: Macaroni

Acho que porque eu sou brasileira.

quarta-feira, agosto 16, 2006

A mais perfeita tradução


Daí que você vê, no hack da sua sala, o ingresso para o show do New Order. E pensa que ainda não acredita que vai cantar "Bizarre love triangle" no meio da platéia. Que vai berrar, na verdade.
Daí que você passa o dia escutando essa música e fica feliz de ver que, ao contrário de tantas outras, essa música, se traduzida para a sua língua, continua linda.
Daí que o que a letra diz impressiona um pouco você. E você decide colocar a letra no blog. Em português ("Mas ando mesmo descontente... desesperadamente eu grito em português..."**) Simples assim.

Toda vez que penso em você
Eu sinto passar por mim um raio de tristeza
Não é um problema meu mas é um problema que achei
Vivendo uma vida que não posso deixar para trás
Não faz sentido em me dizer
"A sabedoria de um tolo não vai te libertar"
Mas é assim que as coisas são
E é o que ninguém sabe
E a cada dia minha confusão cresce

Toda vez que vejo você caindo
Eu fico de joelhos e rezo
Estou esperando pelo momento final
Que você dirá as palavras que não posso dizer

Eu me sinto bem, eu me sinto bem
Estou me sentindo como nunca estive
Sempre que fico assim, eu simplesmente não sei o que dizer
Por que não podemos ser nós mesmos como éramos ontem?
Eu não tenho certeza do que isso significa
Eu não acho que você seja o que mostra
E na verdade admito para mim mesmo
Que se eu machucar outra pessoa
Eu jamais verei o que na verdade deveríamos ter sido

Toda vez que vejo você caindo
Eu fico de joelhos e rezo
Estou esperando pelo momento final
Que você dirá as palavras que não posso dizer

**Citação a À palo seco, de Belchior. Linda.

A voz da razão

Consulta na otorrino. Nariz e garganta examinados, agora vamos ali que a fono vai fazer uma audiometria em você.
Vai ser foda, eu pensei. Sou surda, tenho certeza. Falo alto, coisa de gente surda. Ouço músicas nas alturas, idem, idem.
Para a minha surpresa, em muitos itens do exame, 100% de audição. Audição perfeita, ai de mim falar mal de você do seu lado, disse a fono.
A otorrino, que já sabe da minha vida tanto quanto a terapeuta, solta a pérola:
- Audição perfeita. Você só não consegue ouvir a voz da razão.
Fim da consulta. Pra que mais?

sábado, agosto 12, 2006

As quatro estações


No dia em que ele tombou, numa manhã fria no final daquele inverno, caiu com o rosto para cima, mas ela não o reconheceu. Viu a movimentação, passou perto até, mas não conseguiu reconhecer quem estava ali.
O processo foi lento, mas havia sido concluído, enfim. Fazendo-se valer do olfato ruim, começou, mesmo que inconscientemente, a esquecer o cheiro. Foi fácil até. Em quatro primaveras, conseguia discernir o cheiro de algumas flores, mas não o dele. Esquecera o cheiro natural e também o artificial, nascido de desodorantes, cremes de barbear e perfumes.
Depois, devagarzinho, começou a esquecer o rosto. Parecia que ia ser difícil, mas, de repente, em uma tarde quente de verão, notara que tudo virara uma coisa indefinida e embaçada, e ela já era incapaz de descrever aquela face com clareza.
Em seguida, esquecera os detalhes das mãos, aquelas belas mãos que haviam passeado tanto pelo seu corpo e por seus cabelos. No começo desta etapa, também chegou a pensar que seria impossível, porque ela realmente era apaixonada por aquelas duas mãos e por cada veia grossa que pulava em direção aos dedos longos. Mas esqueceu. Na mesma noite daquele outono, assim como caem as folhas, caiu também a imagem dele concentrado, deitado na rede lendo um livro qualquer ou folheando o jornal, muito calado e quieto.
Por último, e desde sempre ela soubera que seria a última etapa, ela esqueceu a voz. Chegou a tentar capturá-la, ecoando por um labirinto sem fim. Sentiu medo de não agüentar a trilha sonora do mundo sem aquela voz. Mas a tentativa de guardar a voz em uma caixinha secreta, sem que ninguém percebesse, foi em vão. Alguns invernos depois, no mesmo inverno em que ele tombou, com o rosto e a barriga para cima, ela já não se lembrava também da voz.
Quando ele gritou, antes de tombar, aquela era uma voz qualquer. Desesperada, é verdade, mas uma voz qualquer. Ela nem ouviu, porque os carros passavam. E no mesmo instante, quando já era quase primavera, ele aprendeu, da forma mais empírica possível, que arrependimento mata.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Silly love poem

Amor não é isso ou aquilo
Não é nunca o que se planeja
Amor não é aquela foto do verão passado
É apenas o que se quer que seja.

Amor não existe ou sobrevive
Do lado de fora de quem o inventou
Amor um dia é tudo, no outro é nada
E sempre tem um idiota para “lamentar”: acabou.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Saudade

do ant. soedade, soidade, suidade
Lat. solitate, com influência de saudar
s. f.,
lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir;
pesar pela ausência de alguém que nos é querido;
nostalgia...

David Letterman Show

O David Letterman perguntou para a platéia quantas pessoas que estavam ali no seu programa tinham computador e acesso à internet. Muitos gritos. Claro, o programa é em Nova York.
Depois, ele perguntou:
- E quantos aqui amam a internet mais que a própria vida?
Gritos e risos.
- Sim, pergunto isso porque sempre há alguns. Acreditem em mim!!!
Eu acredito, Letterman. Vixe, e como!

terça-feira, agosto 08, 2006

Spam também é terapia

Hoje eu parei para tirar lição de tudo.
Até dos spams malas que eu recebo sem parar no email do yahoo.
E eles arrasaram na lição de vida!!!

now is the time to build a good position

It’s a pity, because you could do it with her much longer!

Cantata


sábado, agosto 05, 2006

Jungiana

Você acha a Renée Zellweger feia?
Eu passei a noite tendo pesadelos com ela. Pesadelos terríveis.
Por que, hein?


"Os sonhos algumas vezes podem revelar certas situações muito antes de elas realmente acontecerem". C.G.Jung, "Entrevistas e Encontros"; ed. Cultrix.

Cheio/vazio

Eu encho bolsas
Esvazio copos
e nunca encontro a chave da minha casa de primeira.

Eu encho estantes
Esvazio caixas
e quase sempre entendo coisa séria como brincadeira.

Eu encho dedos
Esvazio pratos
e quase nunca acordo de mau humor.

Eu encho a cara
Esvazio a alma
e sempre associo a sua imagem a muita dor.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Macaroni

Wish

O que eu queria hoje?
Mesmo? De verdade?
Queria duas coisas, se possível.
A primeira era deitar no colo da minha mãe.
A segunda? Acordar em setembro. Pensei que seria uma boa acordar só ano que vem, mas não posso. Dia 2 de setembro vou ao Curitiba Pop Festival. E em novembro vou ao show do New Order.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Bareta


Hoje, no trabalho, eu tive que escrever um texto sobre o Setter Irlandês. Não foi o primeiro texto sobre raças de cães que tive que fazer para atualizar o site Petstyle... Já fiz vários. Mas o de hoje me levou para muito, mas muito tempo atrás.
Quando eu era pequena, muito criança mesmo (4 anos?), na minha casa tinha um cachorro chamado Bareta. Eu o amava, aliás, é o primeiro cão que eu lembro ter amado. Ele adorava tomar banho de mar com a gente, na praia do Olho D´Água, onde passávamos as férias de fim de ano acampados. Por causa dele, meu pai brigou uma vez na mesma praia (porque um cara estava tentando ir embora com o Bareta). E, nesse mesmo dia, com no máximo 5 anos, tomei meu primeiro copo de água com açúcar, de tão nervosa que fiquei.
Não lembro quantos anos eu tinha quando o Bareta morreu. Mas sei que ele morreu de infarto.
Hoje eu senti muita saudade dele. Muita mesmo. E vi como é bom ter boas histórias da infância, para lembrar para o resto da vida.