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Pra doido ler

quinta-feira, setembro 29, 2005

O colega na TV

Agora há pouco, Dânia, minha irmã, me ligou.
- Bi, aquele menino que estudou contigo está na novela.
Ham?? Mudei de canal correndo, com a curiosidade quase explodindo. Quem? Quem?
Era Cacau, que estudou por cerca de três anos comigo. Lembro da primeira vez que o vi, situaçãozinha marcada de leve pelo constrangimento. Ele era muito bonito, mas nitidamente "reprovado", já que era muito maior que todos da turma, com média de idade de 11, 12 anos. Cacau parecia um "homem" já.
Sentei do lado dele e, tímida, não devo ter falado nada. Até que ele me perguntou alguma coisa sobre a aula. A voz dele era estranha, grossa, ele não falava as palavras direito. Fiquei sem graça, porque nunca esperei que ia ouvir uma fala tão difícil de entender. Depois, eu e todos da turma ficamos sabendo que ele era surdo e que, por isso, não falava como a gente.
Anos depois, soube que ele virara dançarino. Ele foi capa de jornais em São Luís porque, surdo, era um dos maiores bailarinos da cidade. Fiquei feliz e orgulhosa, mesmo que não tivesse mais contato com ele.
Imaginem hoje!! Mudo de canal e lá está Cacau, na novela das oito, dançando uma "gafieira" de primeira. Só consegui olhar pra ele e, no final da cena, fiquei orgulhosa mais uma vez quando o Marcos Frota falou: "Valeu, Cacau!"
É isso. Valeu, Cacau. Eu nem sei se ele se lembra de mim, mas eu acho esse menino, que ainda menino já era homem, o máximo.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Nem vou falar nada...

quinta-feira, setembro 22, 2005

Dia sem (educação no) carro

Hoje eu li no busão que 22 de setembro (hoje) é o Dia Internacional Sem Carro. Talvez por ter lido isso logo cedo, passei o dia pensando, toda vez que via um carro (e vejo muitos, estou em São Paulo...).
Mas o que me deixou tristemente impressionada foi a falta de educação por parte dos motoristas com o qual eu tive o desprazer de cruzar. Não que eles não o sejam todos os dias, mas hoje ficou mais evidente.
Primeiro porque eles não deixaram o carro em casa. Coisa de gente que não sabe andar com as próprias pernas. Que pega o carro para ir comprar pão na padaria da esquina. Às 5 horas da tarde, a Faria Lima não andava. Os carros estavam tão parados quanto as vaquinhas da Cow Parade.
Segundo porque é gritante o número de gente sem noção com um carro-arma nas mãos. Em menos de cinco minutos, entre a Consolação e a Dr. Arnaldo, eu vi dois motoristas atravessarem disparados o sinal vermelho. Fora outras coisas... cortando pela direita, em alta velocidade, dedão na buzina.
Pois é, hoje é o Dia Internacional Sem Educação nos Carros. Só para ter uma datazinha para celebrar. Porque, na verdade, essa "festa" é todo dia.

terça-feira, setembro 20, 2005

Uma viagem para o passado



Já falei o quanto sou saudosista? Não? Pois sou demais. Choro vendo fotos, beijo fotos dos meus avós (que já se foram) e por aí vai. Tenho saudade de tudo, até do que aconteceu ontem. Tem gente que não entende até hoje como uma pessoa assim, como eu, saiu de perto da família para viver em uma cidade distante. Eu também não sei...
O fato é que nas últimas duas semanas, duas fotos me fizeram viajar pelo tempo. E não foi para ontem, não...
Semana passada, tio Gleidson, amigo mais amado do meu pai e padrinho da minha irmã Tatiana, mandou, por email, uma jóia digitalizada: uma fotografia do casamento dele, há 30 anos, na qual aparece, entre outras pessoas amadas, minha mãe... GRÁVIDA DE MIM!!!! Meu Deus, a emoção foi enorme, as lágrimas vieram fácil.
Ontem eu engoli o choro, mas nem por isso me emocionei menos. E fiz uma viagem no tempo. Dânia, minha irmã, mandou, também por email, outra jóia: uma fotografia na qual meus pais aparecem ao lado de Seu Raimundo. Deixem eu explicar: este senhor tem 80 anos e há 67 trabalha na escola onde eu estudei a vida TODA. Ele cuidava das crianças e adolescentes que ficavam à espera dos pais. Era doce, paciente, estilo vovôzinho mesmo. Anos e anos depois, ele continua igual, conservado no "formol", como disse mamãe, mas com o olhar mais cansado. Quantas histórias guardam aquele olhar??
Fotografias, histórias, minha vida. Saudade, saudade imensa da minha vida.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Rabu, Rabu, Rabu viajou...


Rabu viajou hoje. Foi para Madri provar que amor de verdade existe mesmo...
Eu chorei só um pouquinho, bem pouco mesmo, quando voltei pra casa ontem, depois da última despedida dele antes da viagem. Não conseguia ficar triste. Só pensava no quanto ele merece essa chance de viajar, amar, aprender, crescer. Fiquei feliz por ele.
Rabu viajou hoje e, ontem, voltando pra casa depois da última despedida, eu só conseguia pensar no dia em que eu o vi pela primeira vez. Ao lado de Tatiana, os dois de mãos dadas, ele entrou no apartamento da José Antônio Coelho, onde eu morava sozinha. Naquele dia, acho que nem ouvi a voz dele. Ou ouvi pouco. Daquele dia ficou mais a imagem: loiro, lindo, cabelos compridos, tiara nos cachos. Lindo, lindo demais.
Rabu viajou e agora estou pensando em tantas das coisas que já vivi com ele, em quatro anos de amizade. O apartamento dos Novos Baianos, com suas paredes laranjas e amarelas, é um capítulo à parte. Pronto. Rabu ali passou a ser muito e tão mais.
Hoje eu só tenho um enorme desejo: que eu veja a Espanha como um lugar que é logo ali. E que essa criatura tão amada por todos dê sempre notícias e seja muito feliz.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Mestre de Minas

Drumond me aprendo
Removendo pedras em Roma
Subo escadas
Tropeço
Telefono necessidades
Dou Peço
Outros continentes me esperam
Há tempo para plantar colher
Anarquizar pelo plantão inesperado
Cair
Erguer
O tempo é pouco pra tamanha paixão
A máquina do mundo não me pega
Ganhei perdi meu dia
Despedi sorrindo a velha agonia.

Glauber Rocha
Roma, 8 de setembro de 1973 (e eu nem era nascida ainda... e esse homem que eu tanto adoro já escrevia e fazia coisas assim...)

Poema do Amor

Tudo talvez se defina
na conspiração da poesya e
da infecção,
estou no começo da vida
mas não sei se a saúde resiste
o mundo profetiza guerra global
e corta o mistério da existência
nos projetando nos braços vitais
revolucionando o prazer, essência.

Glauber Rocha
Junho, 1981.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Last niteeeeeeeeeeee

Ontem eu me senti uma adolescente. Teen total. Fiquei 2h45 minutos em uma fila, no frio... tudo para comprar o ingresso para o show do Strokes, que, diga-se de passagem, é só dia 23 de outubro.
Ah, mas eu não queria ficar fora dessa. E agora estou com meu ingresso dentro do guarda-roupa, hehehehe.
A fila estava enorme e os papos nela estavam chatos. Fiquei com medo de no show ser pior.
Mas estou feliz. "Last nite" eu garanti a minha "passagem" para ver os cabeludos.

quarta-feira, setembro 07, 2005

O filme da vida


O Bom Dia Brasil anuncia: "com uma roupa velha, Sean Penn, com água pelos joelhos, anda pelas ruas alagadas de Nova Orleans para ajudar as vítimas do furacão Katrina. Ele nem parece um ganhador do Oscar".
Não, não é um filme. É apenas a vida, onde, na prática, um Oscar só importa para o bolso de quem o ganhou. Não importa para mais ninguém...
Quanto a Sean Penn... bem, confesso para quem ainda não sabe: sou apaixonada por ele. E vê-lo assim, com roupa velha e água pelos joelhos, me fez suspirar. Ele é um ator genial e um homem admirável.

domingo, setembro 04, 2005

Quando entrar setembro...

Já é setembro. A vida está passando rápido demais. Deixa eu correr!